Drys

a Paladina da Razão e Mistério

Nascida no ano de 1114 d.C., nas profundezas da Floresta Taiga do Canadá, Drys pertence à linhagem real de sua raça. Desde cedo, demonstrou um intelecto afiado e uma sede insaciável por conhecimento, algo incomum mesmo entre os elfos. Criada entre bibliotecas ancestrais e os sussurros dos sábios, absorveu a história de seu povo e do mundo ao redor com uma facilidade impressionante.

Nos séculos em que viveu na floresta, Drys testemunhou a harmonia entre os elfos e os aborígenes humanos. Os povos compartilhavam segredos antigos e respeitavam as forças místicas da terra. No entanto, a chegada dos europeus foi como uma rachadura na muralha do tempo. Alguns elfos, esperançosos, acreditavam que poderiam coexistir com os recém-chegados, enquanto outros enxergavam neles uma ameaça inevitável, predadores que transformariam o mundo dos elfos em mito e sombra.

Drys não podia apenas assistir. Com sua mente analítica e estratégica, infiltrou-se nas embarcações estrangeiras, absorvendo seus idiomas, estudando suas histórias e analisando suas intenções. Ela rapidamente percebeu o perigo: os europeus viam o mundo como um recurso a ser explorado, e a existência dos elfos nunca seria respeitada. Assim, traçou um plano para proteger seu povo, utilizando a própria ignorância dos humanos contra eles. Criou rotas de fuga, espalhou desinformação sobre a localização dos elfos e até se aproveitou da superstição dos invasores para fazê-los temer as florestas.

Sua personalidade cínica e persuasiva fez dela uma estrategista incomparável. Apesar de seu desprezo pela ignorância, esforçava-se para ser compreensiva com aqueles que nunca tiveram acesso ao conhecimento como ela. No entanto, sua paciência era limitada; tolerava a falta de informações, mas não a preguiça mental.

Com sua habilidade de análise comportamental, Drys conseguia prever as intenções dos outros apenas observando suas expressões e palavras. Era quase impossível enganá-la, e aqueles que tentavam eram expostos com sarcasmo afiado. Ao mesmo tempo, sua postura prática e lógica a impedia de se deixar levar pelo sentimentalismo em momentos críticos, tornando-a uma líder nata.

Aos 300 anos (equivalente a 30 humanos), o destino a arrastou para um campo de batalha muito maior do que os conflitos entre seu povo e os europeus. De alguma forma, foi transportada para um mundo à beira do colapso, onde um grupo heterogêneo de guerreiros precisaria lutar para evitar o fim de tudo. Se antes lutava pela sobrevivência dos elfos, agora, precisava usar sua inteligência para proteger toda a existência.

Drys veste sua armadura não apenas como guerreira, mas como uma paladina da razão. Não é a mais forte fisicamente, mas sua mente afiada pode ser a maior arma de todas. Se há algo que a história lhe ensinou, é que aqueles que não conhecem o passado estão fadados a repeti-lo. E ela jamais permitirá que a ignorância destrua o mundo ao qual agora pertence.